Plano Estratégico da FADPD-GB 2019-2025

Mais de treze mil pessoas, aproximadamente um (1%) por cento da população guineense vive com algum tipo de deficiência e enfrentam diversos obstáculos, tais como : o acesso à educação, formação profissional, saúde, informação, comunicação, falta de protecção social e de oportunidades de trabalho e/ou emprego e, estas pessoas batalham diariamente para serem incluídas na sociedade. Isso é inaceitável, pelo que, este Plano Estratégico é um posicionamento da Federação de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau (FADPD-GB), para enfrentar esses desafios.

A FADPD-GB irá conduzir (durante sete anos), uma série de iniciativas para influenciar a existência de um ambiente favorável à concepção, implementação e acompanhamento de políticas públicas inclusivas, através de promoção de comunicação inclusiva em torno das temáticas que favoreçam mudanças de comportamento, atitudes e práticas em relação às pessoas com deficiência.

Reduzir as barreiras que impedem a participação plena das pessoas com deficiência e criar o acesso à informação e ao conhecimento acessíveis a todos, é o desejo da FADPD-GB, fundamentado na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Este Plano Estratégico traz fortes aspirações em como melhorar de forma real e concreta a situação dos direitos das pessoas com deficiência na Guiné-Bissau. Esses objectivos foram incorporados com base em experiências dos actores, que ao longo dos seus nove anos da sua existência e na luta pela defesa e promoção dos direitos das pessoas com deficiência permitiram que a FADPD-GB entendesse mais claramente as condições e desafios que as pessoas com deficiência enfrentam no seu dia-a-dia em todo o país.

Incluir as pessoas com deficiência significa organizar a sociedade como um todo, porém, isso requer políticas públicas e legislações corretas e coerentes, que tornem as informações e o conhecimento mais acessíveis e para TODOS. Isso também exige que os padrões de acessibilidade sejam aplicados ao conteúdo, produtos e serviços. A aplicação correta dessas e destas aspirações pode tornar, meios, conteúdos e técnicas melhor ajustadas às necessidades individuais e mais acessíveis no geral e para todas e todos.

É necessário que haja uma “Agenda” e um “comprometimento de todos para tornar isso uma realidade” e, para tal conta-se com o envolvimento e implicação da Presidência da República, Assembleia Nacional Popular, Governo, os Tribunais, sociedade civil, e a família guineense no geral.

Para uma Guiné-Bissau justa, todos vamos trocar a discriminação, estigmatização e a exclusão pela INCLUSÃO.
“TODOS JUNTOS NA INCLUÇÃO VENCEREMOS”
Bissau Setembro de 2018