Activités
Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau hoje, dia 1o outubro dia mundial de deficiente mental fizeram a conferência de imprensa na sua sede em Bissau.
Caros Senhores, dirigentes e membros da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau, Organizações das Pessoas com Deficiência, Parceiros e demais organizações.
Caros Senhores Jornalistas ;
Em meu nome pessoal e em nome da Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau, aproveito esta singela ocasião, para agradecer a imprensa, convocada para manifestar a nossa preocupação, face a situação das pessoas com deficiência mental, especificamente neste dia, 10 de Outubro, que se celebra o dia mundial da saúde mental, sob o lema : “ Ação pela saúde mental : vamos investir “, tem como objectivo aumentar os investimentos em favor da saúde mental.
Este dia visa chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou socioecónomicas. Combater o preconceito e o estima á volta da saúde psicológica é outro dos objectivos do dia.
Neste dia, a Organização Mundial de Saúde apela a consciencialização sobre saúde mental para explicar o que podemos fazer para melhorar nossa saúde mental e contribuir para que todas as pessoas que precisam de atenção á saúde mental de qualidade tenham acesso a estes serviços.
Esta data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental, prioridade e defende que a questão da saúde mental não é estritamente um problema de saúde.
Sendo do conhecimento publico, a Guiné-Bissau está, mergulhada numa crise sanitária decorrente da pandemia de coronavírus Covid- 19, que obrigou a semelhança de outros países do mundo, a adopção de medidas de prevenção, nomeadamente, o estado de emergência com repercussões negativas na vida dos cidadãos em especial das pessoas em situação de vulnerabilidade, mais agravantes nas pessoas com deficiência, sobretudo naquelas com perturbações mentais.
Infelizmente é caso para afirmar que estamos ainda longe de atribuir á saúde mental e ás perturbações mentais a mesma importância dada á saúde física. Em geral, a saúde mental é ignorada ou negligenciada.
E é verdade que a Guiné-Bissau está a sofrer com o aumento do numero de pessoas com perturbações mentais, devido a nova crise de coronavírus V OVID- 19 que agravou problemas sociais económicos de fez crescer a carga de problemas com a saúde mental e desnível de tratamento.
Hoje constata-se nas ruas, aumento significativo de pessoas que sofrem de perturbações mentais ou comportamentais grave com problemas de depressão, demência, esquizofrenia e dependência de substancia, que são deixadas a sua sorte, transformam-se em vítimas por causa da sua doenças e convertem-se em alvos de estigma e descriminação, sem que haja um acolhimento, tratamento, ainda que elementar para estas pessoas.
O país carece de cuidados básicos elementares de prestação de serviço condiga, organizada de cuidados e sem camas de internamento psiquiátrico no único centro de saúde mental existente ao longo de todo o território nacional.
Esta crise sanitária aumentou a exposição e o risco de pessoas com perturbações mentais. Infelizmente, as medidas de mitigação adoptadas pelo governo, não tiveram em consideração a situação específica das pessoas com perturbações mentais e comportamentais.
Governo como gestor final de qualquer sistema de saúde, precisa de assegurar a elaboração e implementação de políticas de saúde mental, numa perspectiva de saúde pública, muita coisa pode ser feita para reduzir a carga das perturbações mentais, tais como :
Formular ou reformular, politicas e medidas destinadas a melhorar a saúde mental das populações ;
Assegurar o acesso aos serviços apropriados e económicos, inclusive serviços de promoção da saúde mental e de prevenção ;
Garantir a atenção e a protecção adequada dos direitos humanos das pessoas com perturbações mentais graves ;
Monitorizar a saúde mental das comunidades, inclusive as populações vulneráveis (crianças, mulheres e pessoas idosas) ;
Promover estilos de vida saudáveis e reduzir os factores de risco de perturbações mentais comportamentais, tais como ambientes familiares, maus tratos psicológicos e mentais ;
Apoiar uma vida familiar estável, a coesão social e o desenvolvimento humano ;
Fortalecer a pesquisa e estudos sobre as causas das perturbações mentais e comportamentais ;
Desenvolver mecanismos de tratamentos eficazes e a monitorização e avaliação dos sistemas de saúde mental.
As necessidades acima elencadas, demostram claramente a urgente necessidade de adopção de medidas correctivas tendentes a inverter esta situação.
Após uma análise cuidadosa doas pontos acima identificados, Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Guiné-Bissau recomenda e exorta ao governo e demais autoridades competentes para o seguinte :
1. Incluir a problemática da dimensão da deficiência em especial das pessoas em situação de perturbações e/ou comportamentais nas politicas e programas de desenvolvimento do país ;
2. Criar condições para acolhimento e tratamento no Centro Mental (sita no bairro de enterramento) das pessoas com perturbações mentais ;
3. Adopção de medidas de protecção as pessoas com perturbações mentais.
Muito obrigado